quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Não tem título

Não sei bem porque me deu a vontade de escrever sobre isso, mas as vezes as coisas mais simples nos remetem aos sentimenos mais bonitos e sinceros. Tenho o costume de ficar sentada na varanda da minha casa, em especial nos dias que eu estou lendo um livro por ser o lugar mais calmo da casa. (não que minha casa não seja um lugar calmo, mas minha família é meio barulhenta...).
Estou lendo "A Menina que Roubava Livros", bem interessante por sinal e devido ao fato ocorrido hoje, observado ali pela varanda, vou fugir um pouco do assunto inicial (ou não, depende das interpretações alheias). Ontem, ou antes de ontem talvez, li uma passagem do livro que me fez pensar bastante nessa relação com os pais:

"Terminada a leitura, o pai adormeceu. Foi então que Liesel falou o que tivera vontade de dizer o tempo todo.
- Papai - murmurou -, acho que vou para o inferno.
As pernas dela estavam quentes. os joelhos, frios.
Ela se lembrou das noites em que havia urinado na cama e o pai lavava os lençóis e lhe ensinara as letras do alfabeto. Agora, a respiração dele soprava o cobertor e a menina beijou-lhe o rosto que arranhava.
-Você precisa fazer a barba - disse-lhe.
-E você não vai para o inferno - respondeu o pai. "

Não existe ninguém perfeito. Não existe família perfeita. Existem atos perfeitos. E esses, por mais simples que sejam, afetam de uma forma inacreditável. Me fez querer meu pai do meu lado pra me dizer que eu não vou pro inferno, pra ler pra mim, pra me ensinar. Não as letras do alfabeto...só me ensinar. E foi isso. Ensinar..foi isso que sentava na varanda, pela segunda vez na mesma semana, eu parei pra pensar em como nossos pais sem saber nos ensinam a sentir:

" - Pai, porque o céu tá vermelho?
- É porque o sol escondeu atrás da nuvem.
- É a casa dele?
- É sim...
- E aí fica vermelho?
- Fica. Quando o sol vai pra casa, ele pinta a nuvem de vermelho porque ele sabe que a gente vai passar por aqui pra ver como é bonito! "

Quero ver uma nuvem pintada de vermelho com meu pai. Amanhã.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A rua

Hoje eu vou falar sobre a rua. É, a rua. Aquela que todo mundo anda todo dia, passa e pisa (e como pisa) sem nem se quer olhar em volta pra reparar como é bonita apesar de tudo.
Aliás, apesar de nada. Não existe nada que seja feio nas ruas, cada coisa tem sua beleza que infelizmente nós não conseguimos aprecisar, porque até hoje ninguém foi capaz de se situar no mundo real.
Pois é, ninguém para pra ver como é interessante aquele lavador de carro da esquina da sua casa, que todos os dias leva o filho junto com ele para o trabalho (sim, trabalho, e muito digno) pois a mãe se recusa a cuidar da própria criança, e ele da uma de paizão e mãezona esbanjando carinho de sobra pro filho, que ninguém vê porque não para pra reparar e a única coisa que nós conseguimos pensar sobre é "que pena".
Ninguém repara naquelas pixações (e digo pixações mesmo, não grafites) em que as pessoas se sentem as melhores do mundo e tem a alegria de alguns minutos de pensar "desrespeitei a lei".
As pessoas olham para o trânsito e só sabem reclamar porque ele é lento, porque tem muito barulho, porque aquilo, porque aquilo outro, mas ninguém se quer nota como é bonito ver as coisas fluindo e como nós deveriamos agradecer por fazer parte daquele transito lento dentro de um carro ou de um ônibus, que seja, mas nós temos a sorte de ter um lugar pra ir e uma forma de como chegar lá. Não acho que devemos nos pensar "ah que bom que eu tenho um carro, tem tanta gente que tem que ir a pé" pois acho que se confortar com a 'desgraça' dos outros é errado , mas temos que agradecer por ter um destino a seguir.
Por isso acho que as pessoas (eu me incluo, claro) deveriam reparar mais nos mendigos de esquina, reclamar menos do transito lento e talvez até pixar um muro :)

sábado, 12 de janeiro de 2008

1001 voltas.

O mundo dá voltas, e apesar das coincidências é bom sabe que a gente nunca para no mesmo lugar. Pode ser que várias coisas sejam as mesmas, porém nós não somos iguais ao que eramos antes, e ainda bem né, imagina tudo igual, os mesmos gostos, as mesmas pessoas, as mesmas roupas? Credo.Não mesmo! É necessário mudar, e esse ano eu tenho certeza que vai ser de muitas mudanças, e que já começaram a acontecer.
Os dias desde o início desse ano estão sendo ótimos, com as amizades antigas porém fortalecidas e com amizades novas e muito bem feitas. (escolho meus amigos a dedo, e quem eu não gosto não faço questão se ser simpática, mas não sou mal educada)
Minha meta pra esse ano não é sair todos os dias e sim aproveitar os dias em que eu sair, novamente de uma forma diferente do que eu aproveitei 2007 :]

Quanto as férias, vão bem obrigada!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

RE-començando

Pois é, tem dias que eu cismo de voltar com blog, e eu cismei de novo :)
acho que as vezes é necessário algum lugar pra escrever, ninguém precisa ler na verdade, mas vc precisa falar algumas coisas, só pra tirar de dentro da sua cabeça.
Porque não escrever num papel então? Simples, preguiiiiça³³³³, internet é muito mais prático :D
enfim...acho que isso que eu vou falar é uma situação que todo mundo já passou um dia, e se não passou provavelmente ainda vai passar.

Essa coisas toda de sentimento, que a gente não sabe como explicar, mas pior de tudo é vc saber como explicar, mas não poder explicar pra quem vc quer. Confuso né, mas é assim mesmo, o chamado amor platônico, e eu não estou falando necessáriamente de amor entre um homem e uma mulher (ou homem entre homem, mulher entre mulher, dependendo da sua opção sexual xD), estou falando em relação a todos, ter aquela admiração secreta por uma pessoa e vc não pode ou não consegue dizer isso pra pessoa, ou talvez a pessoa nem te conhece e mesmo assim vc a admira,
Complexo, mas mais complexo ainda é realmente o amor mesmo, no sentido literário da palavra (se é que amor tem sentido literário) , aquele que vc quer estar com a pessoa acima de tudo, e a pessoa nem ao menos tem idéia (ou até tem e finge que não). Existem dores piores que essa, com certeza, mas isso também machuca viu :|